lundi 27 avril 2009

Civilização?!

Das trevas uma odisséia
Pântanos de mundos mil

Visões ignotas, estagnantes

Tempestades de estímulos


Banhando da vida o rio
Bruscas, ternas, bruxas, serras
Fervor vindo do fundo do espírito
Suplicando que se faça jus à incerta andança


Caminho, caminho, caminho...

Frestas de liberdade
Angústia, responsabilidade

Igualdade, onde escondes?


Caminhante, no caminho, caminha

Tantos porvires, nem tantos de esperança

Demagogia dos governantes assaltando
geladeiras, saúde, moradias, conhecimentos

Agora tomam também viagens das férias de milhares
Para o luxo sem brilho de meras vaidades, vontades selvagens

~

mardi 14 avril 2009

Fora da Lei



Voando na incerteza do existir
Além da realidade, aquém do advir
Saía do corpo como se tivesse o direito
Subia o morro da solidão, o sujeito

Desdenhava perigos na alta melancolia
Chorando cantos de dor e magia
No céu de estranheza e torpeza
Dizia adeus à Felicidade, com tristeza

Assim terminava o passeio sem corpo
Um corpo inteiro, desconhecido, alheio
Do qual seria escravo até o suspiro derradeiro

Outros corpos interagiam com aquele
E o sujeito, indiferente, assistia a esse teatro
Do lado de dentro, com seu riso sarcástico em seu átrio