dimanche 28 février 2010

Drama cotidiano



Sinto os espectros à minha volta. Querem matar-me. Medo! Mal-estar!tremomm... tudo por dentro fica dolorido. Provocam formigamentos, pânico. Mamãe está em casa, mas noutro país. Não consigo atingi-la. Estou só em meu mundo. Todos a quilômetros de distância. O corpo apodrece. Preciso aprender a desligar-me dele. Porém é esse o desejo dos espíritos malévolos. Difícil suportar a ambigüidade. Estou a perder o eu. Invadem minha consciência e fazem-se passar pelo que antes era o eu. Grande medo!

Sensação fervorosa e quente do inferno recente. A alma ferve por baixo da terra úmida, por baixo da cidade, por baixo da dignidade. Queimam a face lânguida, os gestos morosos, a carne criminosa. Apodrecem os ossos preguiçosos, os cabelos orgulhosos, as unhas ríspidas. Perece o ser, germinando ardor, torpor, fedor, pavor. E o carniceiro espírito volta-se para ser altaneiro mentor, rei rasteiro da difusão da dor.

Há pouco sentei-me na janela como de costume, apreciando vagarosamente o pôr-do-sol fantástico – cinza, azul, laranja, amarelo e vermelho, doce e pacificador, saboreando um Chanceller, sentindo o suave gosto do tabaco e açúcares entre meus lábios e me esforçando para fazer círculos de fumaça. Malogro!

Quão difícil é a vida: apavorante, inexplicável, incalculável. Tanto medo... sofrer... medo de mim  mesma. Às vezes nem me reconheço sob minha pele, tamanha minha falta de controle sobre ela.

A hora de dormir chega e, junto, o desamparo. O receio de me entregar á inconsciência, a tristeza por constatar que mais um dia se passou e o tempo não espera; a agonia aumenta. Nem consigo rezar. Sinto-me distante da religião que me ensinaram. Ela não mais me propicia alívio reconfortante como o fazia antes. Não tenho a que me ligar. Nada prende meu interesse ou me propicia qualquer júbilo. As coisas não fazem sentido, apenas seguem seu rumo, transitoriamente... e eu, sem prumo, sou leveda pelo vento da desilusão e melancolia, com destino ao incerto.

Eu quero morrer porque não agüento a dor lancinante que sinto no peito e todas as vezes que alguém fala comigo sinto que explodirei. É ruim! Falta-me habilidade para viver. Por que isso acontece? Como as pessoas podem gostar de viver?

samedi 27 février 2010

Detalhes perceptíveis


Desprezível ser no cume de seu egoísmo particular, subjugando e menosprezando atitudes humanamente modestas e dispostas cooperativas. Grande tempestade egocêntrica e feiosa atacando friamente o humilde copo d’água descartável, cujo material nem dura o mais remoto júbilo.

Ostentação imperiosa da burrice transtornada que mexe na vista, remexe benquista, surfista na onda. Onda que leve meio veio e meio leve leve para outro meio. Couraça dura, impotente armadura.

Angústia aguda da solidão maior na experiência em cume do limite máximo de tensão. Anseio à tranqüilidade, menos perturbações no corpo e na mente, como o sono perfeito, sem traços de memória fixos, apenas o passar dos fenômenos, livremente soltos e compilados por ordem natural.

Terror noturno, pavor diurno, pânico constante, que não deixam meu espírito descansar em paz. Faltam motivos coerentes, consistentes, razoáveis que expliquem tal existência enganadora, sugadora de energia, ameaçadora. Se um dia a razão ao menos explicar a desrazão...

Silenciosas mágoas pelos erros não cometidos por outrem, que reviram e voltam sob a máscara da culpa de não se ser perfeita, gente lisonjeira. Repercussão do tal instinto competitivo, predador, fulminador, representante narcisista do individualismo capitalista, maratonista, corre corre seja o primeiro, o melhor, o Senhor, dominador, com viço e pudor.

Escalpelante dor de existir num meio rejeitante. Caí, não pude resistir. Sofro de novo por viver, nem tive o que escolher. Lançaram-me ao mundo, tão cruel, sinistro e infiel. E ainda procuro pontas por segurar, em tão liso, escorregadio e queimante abismo. Vida em fio, que só me causa arrepio. Sinto os demônios em minhas veias, circulando pelos meus membros e exigindo desgraças.

Espíritos ficaram a rir de mim, fazendo-me uma piada e impediram-me dormir. Somente na madrugada eles cansaram e me ensejaram faíscasde tranqüilidade. Então adormeci. Aleluia!

lundi 15 février 2010

do filme Vício Frenético - Bad Lieutenant

VÍCIO FRENÉTICO
Mergulhado no universo das drogas e do jogo, um tenente de
polícia de Nova York inicia sua descida para o inferno.
Dois acontecimentos vão lhe dar a chance de redenção:
um torneio de baseball pelo qual ele arrisca a vida e o
trágico estupro de uma jovem freira.
Informações do Filme -
Direção: Abel Ferrara.
Roteiro: Abel Ferrara e Zoe Lund.
Produção: Mary Kane.
Produção Executiva: Patrick Wachsberger.
Fotográfia: Ken Kelsch.
Música: Joe Delia.
Elenco: Harvey Keitel, Victor Argo, Paul Calderone,
Leonard Thomas, Frankie Thorn.
Informações do Arquivo -
Formato: Rmvb.
Tamanho: 331 Mb.
Duração: 1:36
Áudio: Inglês.
Legendas: Português.
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fala da freira violentada por dois garotos viciados em crack:


Those boys
Those said, raging boys
They came to me as the needed do
And like many of the needed they were rude
Like all of the needed they took
And like all of the needed they needed
Father, I know them
They learn in our school
And they play in our school yard
And they are good boys
I could tell you their names now
I know that you are bounded by your secret vows
And keep my secret
But I can not tell their names
For I'm too in bound
Jesus turned water into wine
I have to turn a bitter semen into fertile sperm
Hatred to love
And maybe I have to save their souls
They did not love me
But I ought to love them
Jesus loved those who reviled him
I shall never again encounter two boys
whose prayer  was more  pointed
More legible, More anguished
By the nun