mercredi 14 décembre 2011

avanço




Tão poucos sentimentos a carne permite. Esta palavra ausente que sustenta... ser. 
O que é essa coisa que o espelho impinge à vista? Corpo aberto a se habitar por falta de opção, enquanto o que importa ninguém compreende por ser a gramática e o dicionário apenas reflexos da imperfeição humana? Dígitos, material, frio sob a pele do dedo martelando o susto interior do que se é feito?
O que se bebe é pouco; do que se desiste, vive-se. Seria a máxima concretização aludir ao que, em silêncio, sabe-se? Ou cair na profundeza que a sensatez alheia pressiona a evitar? O que se diz não passa da impossibilidade detransmitir outra coisa. Covardia ante o si que se recusa. 
Aprende-se a calcular palavras assim como acontece com os números? Escrever implica abster-se de força e se apresentar à tarefa como quem nada quer. Um vazio do encontro desencontrado e desolado com o saber nada levar consigo, nem mesmo experiência. 
O tempo passa. Sente-se a intenção da qual o inferno está repleto.
Que são pessoas senão a consequência de um modo de compreender algo perdido pois passado?
...
 ...quando a pausa é um avanço!