dimanche 12 décembre 2010

Invisível



alma nua, sem defesa
expoosta a sangrar
não se sabe como, onde
a certeza é que acabará
coração sem pele, carne viva
inflamado, pulsante, doído
invisível aos q passam
impossível estancálo

a hemorragia cresce
chega aos olhos, derrete
crê ser a estrela q à frente vê
tem compaixão pelo q ela sente
tenta consolá-la
mas a estrela fica paralizada
nada diz, brilha, dolente
como a alma esvaindo-se, ciente

~

jeudi 18 novembre 2010

Estudo sobre Espinoza e a Liberdade


Espinoza concebe Deus como uma força produtiva em vez de uma força criadora e investiga se o ser humano poderia ser livre, que significa ser a causa ativa de suas ações. Deus é livre porque nada o constrange, o homem é  constrangido por forças externas a ele. A grande questão é se é possível o homem agir movido pelas forças internas a ele e, assim, ser livre.

Para Espinoza, a liberdade só se dá se forças que vierem de dentro constituirem a sua vida, o que equivale na linguagem de Nietzsche à vontade de potência.

Aquele que não pode efetuar a sua própria natureza por causa de forças externas está na servidão. O homem está articulado a três gêneros de conhecimento possíveis: o gênero da experiência vaga ou da consciência, que é apenas o resultado que nossos corpos fazem do encontro com a natureza, a marca dos encontros dos nossos corpos com outros corpos e com a vida.

A consciência não é ativa, é resultado de forças externas, o homem da consciência, aquele que não consegue ultrapassar a consciência, é, assim, o homem da servidão, é o que as forças externas determinarem que ele seja. O segundo gênero do conhecimento seria a razão ou noção comum, quando o homem interage com a natureza e começa a entender as noções comuns da natureza, o homem deixa de ser apenas o resultado do que vem de fora para conhecer o que são essas forças externas, mas este gênero ainda não permite que o homem seja o criador, o produtor porque sua capacidade se limita a conhecer as relações que já existem, surge a possibilidade da prática científica.

O terceiro gênero do conhecimento é a ciência intuitiva, o poder de invenção e de rigor do sujeito humano, quando a razão busca a verdade no campo do conhecimento e busca o melhor no campo moral objetivando produzir novos modos de vida.

A função dele é altamente rigorosa como na matemática e criativa, inventora como na arte. O terceiro gênero é para ultrapassar o que existe e produzir novas formas inéditas de viver, como uma outra arte, outros pensamentos, outra música.

Espinoza, no século XVII já anunciava a fadiga que o mundo nos causa e a necessidade de produzir algo novo para viver bem, com liberdade a partir de novas formas de pensar, agir, conceber a natureza. O homem obtém a liberdade somente através da força maior da vida, que é o pensamento. Pensamento e liberdade se articulam.

Espinoza é um pensador do devir, do processo, não existe uma obra de Espinoza e sim outros pensadores que articularam com Espinoza esse processo, oportunando o nascimento de novos modos de vida. Como exemplo de pensador espinozista temos Michel Foucault, que no final da vida investe em estudar a Grécia e descobre ali um novo modo de vida, a preocupação em ser livre.

O grego tem duas práticas que se destacam: a preocupação em governar as cidades, produzir suas próprias leis, sua organização política e também a preocupação e o poder de administrar a economia de sua cidade e ele pensa em como ter poder sobre sua cidade e sobre sua casa(economia) sem ter poder sobre si mesmo.

Ao levantar essa questão, passa a pensar sobre a liberdade do pensamento. A única maneira que poderia exercer o poder sobre sua cidade e  sobre a economia de sua cidade seria tendo poder sobre si mesmo. O grego, então, inventa a relação agonística de si consigo próprio: a concepção de que o homem traz dentro de si múltiplas forças, divididas entre forças que tendem para o religioso ou para o supersticioso ou para o externo, entre elas as forças ativas, sendo a realização destas fundamentais para o exercício da liberdade.

O confronto agonístico é a luta entre as forças dentro de si com o objetivo de produzir uma vida livre. O homem torna-se livre quando faz com que as forças ativas dominem as forças que tendem à servidão(reativas). A questão estética do grego não é produzir objetos belos fora dele, mas produzir a própria vida, uma vida bela.

Essa forma de vida superior, vida livre, só é conseguida quando quem a dirige passa a ser você mesmo. Só há liberdade quando a causa da minha existência vier de dentro de mim. Foucault, a partir de sua articulação espinozista, oportuniza o surgimento de novas linhas de pensamentos, novos conceitos teóricos, novas formações da subjetividade, novos meios de entender a natureza. Sem liberdade, não há pensamento. Sem pensamento, só há superstição. O Maior adversário da vida não é o erro mas a superstição e as tolices.

A superação só ocorre se o pensamento passar a ser o governador da nossa existência. Com o terceiro gênero do conhecimento, Espinoza rompe com todas as formas de pensamento que existiam no Ocidente. 
 
Porque a natureza não se explicaria pelos modelos que existiam. A natureza não tem nenhum significado, é um campo de forças, de passagem, de devenires, como um processo, um confronto.

Nosso equívoco era tentar dar conta da natureza usando a semiótica da significação. Dar um significado à natureza é uma prática da consciência, pra entender o campo da natureza é preciso pensá-la como relação de forças, de poder. É preciso sair da semiologia clássica para uma semiótica das forças, da intensidade.

O pensamento precisa ultrapassar a linha de significação clássica e produzir uma natureza completamente diferente em relação à força e à liberdade. A biologia molecular, talvez a física quântica, algumas formas de abordagem da literatura e história são exemplos de ciências atuais espinozistas. Deleuze é outro exemplo de pensador espinozista.

lundi 13 septembre 2010

Liberdade, liberdade


Liberdade, liberdade
Deusa amada, desejada
A cada instante quando inspiro e expiro
Sonho contigo e em ti miro
Tão distante, entre grandes astros e estrelas brilhantes

Corro a perder o fôlego até que tu somes de vista
Na gaiola imito pássaros
Ensaio cantos e amo

As asas, enferrujadas
Vejo redondos ventos, espirais do cosmo
Em direção à minha, deusa, ó Mestra Liberdade

Quero volejar pelo alento ignoto
Deixar-me levar, deixar-me amar
Quero morrer livre, leve e solta
Quero morrer de encanto e amor doce

dimanche 11 juillet 2010

Tempo



O que é o tempo? O que é o dia? O que é uma noite, afinal? Um curto intervalo subjetivo de vida, às vezes com a escuridão desvanecendo cedo e rápido, junto ao cantar dum galo, o chirear de um pássaro ou o verde desmaiado avivando-se como uma folha na primavera.

Mas uma noite sucede outra, um dia sucede outro, até que o inverno encerre-as em quantidade e as distribui quase equanimemente com seus dedos infatigáveis. Elas se prolongam, escurecem, assombram ou descansam. Discos e ciscos de claridade, luzes da cidade lembram estrelas, límpidos planetas, cometas, o esplendor do desejo de flagrar uma estrela cadente. 

Os restos de folhagem do outono parecem bandeiras em frangalhos que rebrilham conforme os enfeites luzentes de uma catedral, onde as letras de ouro no mármore lembram os heróis mortos em batalhas. 

A luz da lua abranda a fatiga do cotidiano, suaviza o restolho e guia os trabalhadores cansados de volta a sua casa.

mardi 8 juin 2010

Dialética entre amigos que se entendem... ou não ;P




Tαnια: Ante a tímida gente que vive na paz caseira, ergue-se um halo de
incêndio de mil olhos. Ó meu derradeiro grito! Dize aos séculos futuros
pelo menos isto: Que eu estou em chamas.

ミシェル さん: Essa vasta vida que me incendeia queima peito, destroça teia.
Mas se por mim permea sangue e frieza, sei quanto dói sair à meia.
Tanta gente quer este fio líquido carmesim de mim... Por que não
só se acheguem e queiram uma solene história de princípio ao fim...

Destas historietas que se contam por ali passar um tempinho difícil.
História esta que marca alguns, outros esquecem, outros ainda choram
ou se alegram com as várias personagens que se entrelaçam no decorrer da prosa.
Não queria repetir o sentido, mas senti, então o nó ficou caprichado, como
uma frase que pensei outrora e ia postar no orkut pra saber se alguem leria
...pra saber...

Era assim, oh: "Toda simplicidade não é tudo e toda complexidade não é nada".

Só pra ironizar a vida regrada que os humanos fingem que adotam por mera
identidade ideológica nas comunidades caladas geradas aqui, no orkut.


Tαnια: Cômoda fragilidade fria do bem-estar no depender. Alívio do esforço evitado, nem é preciso tentar ser. Empuxa o corpo-mala, que fardo! Pra lá, pra cá, onde a demanda requisitar, insetos.Responde com sorriso a tirania, chora e cativa a dó de quem tem siso. Assim não expõe nem essência nem ciência atrás das mentiras-caráter, muito menos decência.

Desprezo social atinge de fachada. Escárnios, maledicências, compromissos falseados. A quem importa de tão alto? Demorei, um segundo me eternizou. Atrapalharam minha vida, minha sina, agora intrometendo também na morte. Quem ama, que sorte! Sorge, inábil! Selva traiçoeira da escuridão amaldiçoando a razão, não mais separada do corpo como pensavam na época de Aristóteles, regendo trato, sacrifício em vão. Nefasta regra da autoridade oprimindo e assujeitando os seres frágeis.

hipocrisia + autocracia = hipocracia

ミシェル さん: Estou numa área que era chamada de Psicologia social, mas no desenrolar se vê de tudo e até Organizacional. Quase uma máquina em curto-circuito.
Esse cid-10 e dtm-IV não são comigo. Por mim (e não só) todo mundo delira e todos tem uma dificuldade ou outra na cognição. Uns para isso outros para aquilo. Imperfeições na ciência médica q marcam traços de diferença na ciência do coração.
Beijim e inté.

jeudi 3 juin 2010

Crustáceo Humanizado - símbolo


 À beira da praia sem mar
A areia seca torrando
A próxima onda, o siri, a esperar
Gotas de sal, água, sonhando

Alucina miragem, satisfação
Reação fisiológica agrava-se
Procura memória, a ligação
Natureza arbitrária, escrava-se

Sensação de inquietude, mal-estar
Exígua água deslizante em rolo
Acode vontade, necessidade, logro

Preenche, nutrida, o presenciar
Alimenta, ingênua, doce pensar
Possível Maquiavel,  inevitável gozo


mardi 30 mars 2010


O que é a vida com a razão entre a morte e a Natureza?
Bifurcamos estradas rotineiras à revelia, remoendo destroços
Dissolvendo restos de percepção subsumidos no caos de sonhos
Visões, holocaustos, construindo algo a dar um nome, qual?
Energia que vem de graça e , sem ameaça, esvai-se, impia
A árvore, soberba, rígida, não sorri, não chora, continua ali
No que já não é, no nada da energia esvaziada do ínfimo mortal
Mais um, menos um, uma multidão de vivos, ao cubo de mortos
E um mundo sem O sentido, que se busca em vão,
 Às vezes em alegria de sensação, emoção;
Outras em trevas e escuridão
Pra que ligar o coração?

dimanche 21 mars 2010

Dor serena

A lágrima escorre seca, em pó fúnebre
Vai compilando as futuras cinzas

Mais alegre se deixassem lembranças, 
...tristezas, saudades

Porém flui discreta, ignotos restos
Vestígios do que emudeceu no coração

E secou aos fortes ventos da razão
... sem chão 
A semente não vingou, 
os males são prestos

Nem de perto se verá sua sombra
Nem gastos fará na alfombra

Mas seeu efeito é certo, 
... discreto, circunspecto

dimanche 28 février 2010

Drama cotidiano



Sinto os espectros à minha volta. Querem matar-me. Medo! Mal-estar!tremomm... tudo por dentro fica dolorido. Provocam formigamentos, pânico. Mamãe está em casa, mas noutro país. Não consigo atingi-la. Estou só em meu mundo. Todos a quilômetros de distância. O corpo apodrece. Preciso aprender a desligar-me dele. Porém é esse o desejo dos espíritos malévolos. Difícil suportar a ambigüidade. Estou a perder o eu. Invadem minha consciência e fazem-se passar pelo que antes era o eu. Grande medo!

Sensação fervorosa e quente do inferno recente. A alma ferve por baixo da terra úmida, por baixo da cidade, por baixo da dignidade. Queimam a face lânguida, os gestos morosos, a carne criminosa. Apodrecem os ossos preguiçosos, os cabelos orgulhosos, as unhas ríspidas. Perece o ser, germinando ardor, torpor, fedor, pavor. E o carniceiro espírito volta-se para ser altaneiro mentor, rei rasteiro da difusão da dor.

Há pouco sentei-me na janela como de costume, apreciando vagarosamente o pôr-do-sol fantástico – cinza, azul, laranja, amarelo e vermelho, doce e pacificador, saboreando um Chanceller, sentindo o suave gosto do tabaco e açúcares entre meus lábios e me esforçando para fazer círculos de fumaça. Malogro!

Quão difícil é a vida: apavorante, inexplicável, incalculável. Tanto medo... sofrer... medo de mim  mesma. Às vezes nem me reconheço sob minha pele, tamanha minha falta de controle sobre ela.

A hora de dormir chega e, junto, o desamparo. O receio de me entregar á inconsciência, a tristeza por constatar que mais um dia se passou e o tempo não espera; a agonia aumenta. Nem consigo rezar. Sinto-me distante da religião que me ensinaram. Ela não mais me propicia alívio reconfortante como o fazia antes. Não tenho a que me ligar. Nada prende meu interesse ou me propicia qualquer júbilo. As coisas não fazem sentido, apenas seguem seu rumo, transitoriamente... e eu, sem prumo, sou leveda pelo vento da desilusão e melancolia, com destino ao incerto.

Eu quero morrer porque não agüento a dor lancinante que sinto no peito e todas as vezes que alguém fala comigo sinto que explodirei. É ruim! Falta-me habilidade para viver. Por que isso acontece? Como as pessoas podem gostar de viver?

samedi 27 février 2010

Detalhes perceptíveis


Desprezível ser no cume de seu egoísmo particular, subjugando e menosprezando atitudes humanamente modestas e dispostas cooperativas. Grande tempestade egocêntrica e feiosa atacando friamente o humilde copo d’água descartável, cujo material nem dura o mais remoto júbilo.

Ostentação imperiosa da burrice transtornada que mexe na vista, remexe benquista, surfista na onda. Onda que leve meio veio e meio leve leve para outro meio. Couraça dura, impotente armadura.

Angústia aguda da solidão maior na experiência em cume do limite máximo de tensão. Anseio à tranqüilidade, menos perturbações no corpo e na mente, como o sono perfeito, sem traços de memória fixos, apenas o passar dos fenômenos, livremente soltos e compilados por ordem natural.

Terror noturno, pavor diurno, pânico constante, que não deixam meu espírito descansar em paz. Faltam motivos coerentes, consistentes, razoáveis que expliquem tal existência enganadora, sugadora de energia, ameaçadora. Se um dia a razão ao menos explicar a desrazão...

Silenciosas mágoas pelos erros não cometidos por outrem, que reviram e voltam sob a máscara da culpa de não se ser perfeita, gente lisonjeira. Repercussão do tal instinto competitivo, predador, fulminador, representante narcisista do individualismo capitalista, maratonista, corre corre seja o primeiro, o melhor, o Senhor, dominador, com viço e pudor.

Escalpelante dor de existir num meio rejeitante. Caí, não pude resistir. Sofro de novo por viver, nem tive o que escolher. Lançaram-me ao mundo, tão cruel, sinistro e infiel. E ainda procuro pontas por segurar, em tão liso, escorregadio e queimante abismo. Vida em fio, que só me causa arrepio. Sinto os demônios em minhas veias, circulando pelos meus membros e exigindo desgraças.

Espíritos ficaram a rir de mim, fazendo-me uma piada e impediram-me dormir. Somente na madrugada eles cansaram e me ensejaram faíscasde tranqüilidade. Então adormeci. Aleluia!

lundi 15 février 2010

do filme Vício Frenético - Bad Lieutenant

VÍCIO FRENÉTICO
Mergulhado no universo das drogas e do jogo, um tenente de
polícia de Nova York inicia sua descida para o inferno.
Dois acontecimentos vão lhe dar a chance de redenção:
um torneio de baseball pelo qual ele arrisca a vida e o
trágico estupro de uma jovem freira.
Informações do Filme -
Direção: Abel Ferrara.
Roteiro: Abel Ferrara e Zoe Lund.
Produção: Mary Kane.
Produção Executiva: Patrick Wachsberger.
Fotográfia: Ken Kelsch.
Música: Joe Delia.
Elenco: Harvey Keitel, Victor Argo, Paul Calderone,
Leonard Thomas, Frankie Thorn.
Informações do Arquivo -
Formato: Rmvb.
Tamanho: 331 Mb.
Duração: 1:36
Áudio: Inglês.
Legendas: Português.
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Ps: Se precisar de senha para descompactar, use:
http://farra.clickforuns.net




fala da freira violentada por dois garotos viciados em crack:


Those boys
Those said, raging boys
They came to me as the needed do
And like many of the needed they were rude
Like all of the needed they took
And like all of the needed they needed
Father, I know them
They learn in our school
And they play in our school yard
And they are good boys
I could tell you their names now
I know that you are bounded by your secret vows
And keep my secret
But I can not tell their names
For I'm too in bound
Jesus turned water into wine
I have to turn a bitter semen into fertile sperm
Hatred to love
And maybe I have to save their souls
They did not love me
But I ought to love them
Jesus loved those who reviled him
I shall never again encounter two boys
whose prayer  was more  pointed
More legible, More anguished
By the nun