"Ofuscante e colossal, com que rapidez o Sol nascente me mataria
Se eu não pudesse agora e sempre lançar o Sol de dentro de mim."
(Walt Whitman)
Confusa, assustada, flutuo
No fluxo deste enérgico ar.
O desalento do momento
Enfraquece minhas vértebras.
Sinto os vermes babarem.
De olho gordo,
Entrego as rédeas.
Porém temo o amparo.
Este que já até
Não convence, quase renego.
Dói, com força de touro e garra de tigre.
Minha ferida,
Inflamada no peito...
Invisível, mal-amada, que jeito?
3 commentaires:
Vou colaborar com a sua poesia, com outra, em forma de texto do Dostoiévski e que poderá completar ou fechar o pano com muita dignidade:
"Tudo neste mundo é, afinal, UNO. Pouco a pouco ia vendo e sentido que não havia nada forma de mim. Apesar de tudo ser indiferente, sentia, por exemplo, a dor; sim, a dor, sentia-a".
Sonho de um homem ridículo.
Notei que os sentimentos descritos são os mesmos com palavras diferentes.
Beijos e parabéns.
Dizem os escritores que seus melhores textos são inspirados em momentos difíceis, onde os sentimentos afloram com mais sensibilidade. E a dor é um deles, não é? Belo e sensível poema. Parabéns!
Lirismo, que versos!
O último fecha com o sabor do saber.
Parabéns
Enregistrer un commentaire